quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dia Nacional da Conservação do Solo


O solo é o  resultado de algumas mudanças que ocorrem nas rochas. Estas mudanças são bem lentas, sendo que as condições climáticas e a presença de seres vivos são os principais responsáveis por sua transformação.Instituída pela lei federal nº 7.876 em 13 de abril de 1989, no 15 de abril é comemorado o Dia Nacional da Conservação do Solo. Uma homenagem ao nascimento do americano Hugh Hammond Bennett, considerado o pai da conservação dos solos nos Estados Unidos e o primeiro responsável por esse tipo de serviço nos país.
Em Mato Grosso (campeão mundial em uso de agrotóxicos) ao longo dos anos, percebemos uma melhora significativa na conservação do solo no setor da agricultura, já que com a prática do plantio direto (onde não se revira o solo), a palhada da cultura colhida fica por cima. É uma proteção a mais na sua conservação.
Já com os pastos, uma matéria publicada em setembro de 2010 pelo SINTERP (Sindicato dos Trabalhadores da Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Publica de Mato Grosso), mostra uma grande preocupação por parte dos técnicos e ruralistas em criar um projeto para a correção do solo, com curva de nível, calagem e adubação.
Ao contrário do que muitos pensam, as pastagem por não ser reconhecida como uma cultura por boa parte dos pecuaristas, 80% delas no Brasil  (Yokoyama 1995) apresenta alto grau de degradação. Ao contrário do que muitos pensam, 80% das pastagens brasileiras (Yokoyama 1995) apresentam alto grau de degradação, isso acontece justamente por não serem reconhecidas como uma cultura por boa parte dos pecuaristas.
Enchentes nas cidades, quedas de barrancos, alagamentos e assoreamento dos rios são provocadas por falta de cuidados com o solo. Um exemplo simples em nosso cotidiano é o Rio Cuiabá o qual já foi palco de navegações de grandes navios, hoje, com o assoreamento, apenas pequenos barcos ousam a trafegar.
Devemos ter em mente que a proteção do solo é um trabalho contínuo. O Código Civil Brasileiro descreve: “Cada um de nós é responsável pelo prejuízo que causa à sociedade, quer por um ato, quer pela sua negligência”. Não podemos obrigar quem quer que seja a adotar práticas perante as quais o espírito e a mentalidade não se encontrem devidamente consciente.
Precisamos ficar atentos as condições ambientais e climáticas que vivemos, essas mudanças não são comuns, são provocadas pelos próprios atos sociais. A engenheira-agrônoma Ana Primavesi, pioneira no Brasil com o manejo ecológico do solo escreve: “O futuro do Brasil está ligado à sua terra. O manejo adequado de seus solos é a chave mágica para prosperidade e bem estar geral. A natureza em seus caprichos e mistérios condensa em pequenas coisas, o poder de dirigir as grandes; nas sutis, a potência de dominar as mais grosseiras; nas coisas simples, a capacidade de reger as complexas”.
Vamos comemorar esse dia refletindo a respeito do que verdadeiramente nos sustenta aqui na terra e sua importância para continuidade de nossa espécie. A natureza faz seu papel, nós, como fazemos parte desse processo, devemos nos adequar sem agredir.
Élvio dos Anjos – Jornalista Socioambiental e Gerente Social
Várzea Grande - MT

terça-feira, 12 de abril de 2011

Bom dia meus amigos!

Grande parte das pessoas ja perceberam os sinais de que, se não cuidarmos do nosso planeta e do que nos alimentamos, estamos sujeitos a extinção. Bem, enquanto essa consciência ainda  é implantada no individuo, pessoas como o Professor Wilson estão preocupadas em informar a população o que realmente ocorre nesse mercado capitalista. Leiam e reflitam....

O glifosato está com os dias contados? Não sei, mas nossa saúde estará!


Prof. Wilson,


O glifosato está com os dias contados? Pode ser que sim, se a notícia publicada no Valor Econômico (8 a 10/04/2011, p. B11) e que também já anda repercutindo em outras fontes de informação estiver correta.
 
O problema é que, depois de uso intensivo sobretudo na cultura da soja, como era certo que iria ocorrer, as pragas começaram a ficar resistentes (a Monsanto desconhece a teoria da evolução?) e, desta forma, a eficácia do veneno (é veneno mesmo, não acredite na divulgação da empresa que o trata como remedinho pra planta!) está se reduzindo. Enquanto isso, a saída é jogar cada vez mais glifosato na lavoura e emporcalhar o meio ambiente porque o herbicida (como todos os “cidas” – herbicidas, pesticidas, fungicidas etc) tem como efeito colateral importante a contaminação ambiental.
 
A notícia do Valor informa que a Bayer e a Syngenta (duas outras corporações gigantescas e que também investem nos transgênicos e contribuem para a degradação ambiental com seus produtos agroquímicos) estão procurando uma tecnologia para a soja, distinta do uso do glifosato.
 
Diz a matéria que as empresas tomaram esta decisão porque o número de ervas daninhas resistentes ao glifosato tem crescido: já seriam pelos menos onze espécies com esta característica nos Estados Unidos. Este problema teria afetado uma área de quase 3 milhões de hectares na última safra e a previsão é de que se amplie para 15 milhões de hectares daqui a dois anos. Isto quer dizer que as pragas estão reagindo e que o glifosato não tem um futuro promissor.
 
Por aqui, continuamos espalhando glifosato sem dó porque o negócio é (sempre é no caso de empresas com este perfil) ganhar dinheiro.
 
As ervas daninhas indicam que o meio ambiente, a natureza enfim reage a tanta porcaria jogada no solo.
 
Um dia, o glifosato fará parte do passado, mas infelizmente (você tem dúvida) empresas como a Bayer, a Syngenta e a Monsanto terão novas “soluções” contaminantes para empurrar para os agricultores.
 
O meio ambiente e a saúde de todos nós continuarão em perigo. E novas pragas, mais resistentes do que as atuais, surgirão. Esta luta promete ser eterna. Não tenho certeza de que estaremos ainda por aqui para acompanhá-la por todo o tempo.
 
 
 
 
De acordo com a Wikpédia Glifosato é - (N-(fosfonometil) glicina, C3H8NO5P) é um herbicida sistêmico não seletivo (mata qualquer tipo de planta) desenvolvido para matar ervas, principalmente perenes. É o ingrediente principal do Roundup, herbicida da Monsanto. Muitas plantas culturais geneticamente modificadas são simplesmente modificações genéticas para resistir ao glifosato. A Monsanto vende sementes dessas plantas com o marca RR (Roundup Ready).
O herbicida é absorvido pelas folhas das plantas, não por suas raízes.


Xiii, affêee e como será o efeito disso? vamos verificar...

O ex Deputado Estadual por Porto Alegre em 2003 e o Engenheiro Agronomo Enio Guterres ja naquela época denunciava os efeitos novicos dessa substancia, segue um trecho:

"O glifosato (comercializado pela Monsanto com o nome de Randup) é  um herbicida de amplo espectro (mata tudo), muito utilizado na  produção agrícola.
A soja transgênica é resistente a esse herbicida e nisso consiste a simplificação do manejo de "ervas daninhas" para o agricultor. Quando foi lançada no mercado a propaganda dizia que o glifosato era inócuo e biodegradável, portanto, inofensivo à saúde humana e ao meio ambiente.
De acordo com informações científicas recentes, a realidade é outra. O resíduo de glifosato persiste no solo, na água e nos alimentos. Recentemente a Dinamarca  restringiu o seu uso pois foram constatados resíduos em água subterrânea.
Na degradação do glifosato um dos seus subprodutos – um metabólito – chamado AMPA é mais nocivo que o próprio glifosato e foi encontrado em carpas 90 dias após a aplicação do herbicida.
Os produtos à base de glifosato são altamente tóxicos para pessoas e animais. Entre os sintomas mais comuns citam-se  irritação nos olhos e pele, dor de cabeça, náuseas,  entorpecimento, elevação da pressão arterial, palpitações e alergias agudas e crônicas. "
Efeitos reprodutivos
Um estudo em Ontario, Canadá, detectou que o uso de glifosato pelos pais acarretou aumento no número de abortos e nascimentos prematuros nas famílias rurais. Estudos laboratoriais também demonstraram inúmeros efeitos do glifosato sobre a reprodução. Redução dos espermatozóides em ratos; maior freqüência de espermatozóides anormais e redução do peso fetal em coelhos. Mas recentemente, na Argentina, estudos indicaram que as pessoas expostas a agrotóxicos, tem a quantidade de esperma abaixo do limite da fertilidade.
Carcinogenicidade
Maior freqüência de tumores no fígado de ratos e câncer de tiróide em ratas, tumores no pâncreas e fígado em ratos machos e do mesmo tipo de câncer da tiróide em fêmeas. Na Suécia, dois pesquisadores encontraram fortes indícios ligando exposição freqüente ao glifosato com o linfoma No-Hodking, uma espécie de leucemia.
Mutagenicidade
Tanto o glifosato como os produtos à base de glifosato são mutagênicos – testes de laboratórios comprovaram alterações genéticas indesejáveis. Lesões em glândulas salivares, inflamações nas mucosas do estômago, danos genéticos (em células sanguíneas do corpo humano), e outros.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A indústria do luxo tem o seu lado podre. O trabalho escravo mancha a moda brasileira


Prof. Wilson,

A indústria da moda, segundo notícia publicada pelo Valor Econômico (07/04/2011) tem também uma face nada glamurosa. Para identificá-la, no entanto, é preciso examiná-la nos bastidores porque é na retaguarda que  exibe uma realidade dramática: a exploração abusiva da mão de obra, ou seja para falar diretamente: o trabalho escravo.
A Superintendência Regional de Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SE) já emitiu desde o segundo semestre de 2009 mais de 140 autos de infração contra oficinas de costura e também duas grandes redes varejistas têxteis por estarem utilizando estrangeiros (sobretudo bolivianos) em condições desumanas.
A C&A e a Marisa foram em anos passados envolvidas em denúncias confirmadas de exploração de trabalho escravo, por estarem adquirindo roupas produzidas por oficinas nestas condições, e informam que já tomaram todas as medidas para descredenciar fornecedores que ferem a legislação. Recentemente, uma fornecedora da rede Pernambucanas foi autuada por manter várias pessoas em regime de absoluta escravidão e a empresa garante que também suspendeu o vínculo contratual com a infratora.
No fundo, cada um de nós que frequenta a rede varejista têxtil deve ficar de olho: roupas com preço baixo podem estar escondendo uma realidade social injusta, desonesta, irresponsável.
Que as autoridades não perdoem os infratores e que aqueles que comercializam peças produzidas a partir de trabalho escravo sejam também punidos e seus nomes revelados sem dó.
O lucro obtido a partir da exploração do ser humano é crime. Vamos punir exemplarmente tanto as empresas que expõem os seus funcionários a regimes de escravidão como as empresas que compram de qualquer fornecedor, privilegiando preços baixos em detrimento da dignidade humana.
A indústria da moda tem seu lado podre, como está na reportagem do Valor Econômico. Não podemos tolerar tais desvios éticos. Vamos expurgar o lixo do luxo.