quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

DEUS - Segundo Baruch Spinoza - Filósofo holandês do século 17

Baruch Spinoza   
"Pára de ficar rezando e batendo no peito!
O que Eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.
Eu quero que gozes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubre, obscuros e frios que tu mesmo construiste e que acreditas ser Minha casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias.
Aí é que Eu Vivo e ai expresso Meu amor por ti.
Pára de Me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, nao Me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver Comigo. Se não podes Me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... nao Me encontrarás em nenhum livro!
Confia em Mim e deixa de Me pedir.
Tu vais Me dizer como fazer o Meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de Mim.
Eu nao te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo.
EU SOU PURO AMOR!
Pára de me pedir perdao.
Nao há nada a perdoar.
Sou Eu que de fiz.... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre arbitrio.
Como posso te culpar se respondes a algo que Eu pus em ti?
Como posso te castigar por seres como és, se Eu Sou que te fez?
Crês que Eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que nao se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei: essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e nao faças o que nao queiras para ti.
A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida nao é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso.
ESTA VIDA É O ÚNICO QUE HÁ AQUI E AGORA. E O ÚNICO QUE PRECISAS.
EU TE FIZ ABSOLUTAMENTE LIVRE!
Nao há pecados nem virturdes.
Ninguem leva um placar.
Ninguem leva um registro.
TU ÉS ABSOLUTAMENTE LIVRE PARA FAZER DA TUA VIDA UM CÉU OU UM INFERNO.
Nao te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se nao o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de EXISTIR. Assim se nao há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tem certeza que Eu nao vou perguntar se foste comportado ou nao. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste...
Do que mais gostaste?
O que aprendeste?
Pára de crer em Mim - crer é supor, advinhar, imaginar.
Eu nao quero que acredites em Mim.
Quero que ME SINTAS EM TI.
Quero que Me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho do mar.
Pára de Louvar-Me!
Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu Seja?
Me aborrece e Me louvem.
Me cansa que agradeçam.
Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relaçoes, do mundo.
Te sentes olhado, surpreendido?
Expressa tua alegria.
Esse é o jeito de Me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre Mim.
A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de MARAVILHAS!!!!
Para que precisas de mais milagres?
Para que tantas explicações?
NAO ME PROCURES FORA!
NAO ME ACHARÁS.
PROCURA-ME DENTRO... AÍ É QUE ESTOU, BATENDO EM TI."

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

IV CBJA – Desconstruir para construir novas pautas é desafio no jornalismo

Por Adriane Bertoglio Rodrigues, para a EcoAgência de Notícias Ambientais e Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental

“Nas ações mais simples reside a sustentabilidade”. A afirmação é de Andrea de Lima, editora da Revista Quanta, da editora Segmento, que participou do painel “As novas pautas da sustentabilidade”, mediado pelo jornalista Roberto Villar, e que aconteceu durante o IV Congresso de Jornalismo Ambiental, que se encerra neste sábado (19), na PUC-RJ. Ao afirmar não acreditar em novas pautas, Andrea defendeu a desconstrução e construção das ideias e dos indicadores, na busca do que está por trás dos eventos e mesmo das situações mais corriqueiras. “Precisamos elaborar pautas balizadas em indicadores, tornando qualquer fenômeno palatável e digerível a todos. Este é o grande desafio”, salientou, ao destacar a existência de novas agendas, como a Rio+20, “ainda pouco em pauta, apesar dos temas que serão debatidos e de como repercutirão”.
Sônia Favaretto, diretora de Sustentabilidade da BM&F Bovespa, analisa que “as pautas estão dadas, só não percebe quem não está conectado com temas como a própria sustentabilidade”. Para ela, todo jornalista deve estudar, pesquisar e se manter atualizado no acompanhamento e cobertura das tendências. Ela diz resumir a sustentabilidade como uma mudança de mundo, uma transformação. “Nessa mudança de mundo, o consumismo, que foi sinônimo de status, se transforma em compras coletivas e em consumo colaborativo”, afirma, ao defender que “hoje, passamos da vantagem competitiva para criarmos condições para competir.
“Os relatórios socioambientais de empresas e instituições apresentam interessantes temas de pautas”, destaca o superintendente de Comunicação Corporativa do Itaú Unibanco, Paulo Marinho. Para ele, não há novas pautas, “apesar de a sustentabilidade oferecer várias dimensões, como a econômica, a social e a ambiental”. Outra pauta citada por Marinho é a de crédito socioambiental, “uma baita responsabilidade dos bancos, na liberação de recursos, em função dos impactos socioambientais”. Ele criticou a falta de profundidade na cobertura de fatos, defendendo que a imprensa, “acima de tudo, tem o papel de educar”.
O moderador Roberto Villar, ao encerrar o painel, salientou que colocar na pauta as políticas públicas também é uma forma de os jornalistas abordarem o tema da sustentabilidade, ampliando, com coerência, a atuação entre as mídias, sejam tradicionais ou sociais. Ter foco e gostar de onde está e do que faz também foram citados pelos painelistas como vantagens na cobertura das pautas de sustentabilidade.

Publicado originalmente no site: http://cbja-rio2011.com.br/1653/desconstruir-para-construir-novas-pautas-e-desafio-no-jornalismo.html

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O petróleo e o sangue

Fonte: www.maurosantayana.com


As mentiras continuam. Muhamad Jibril, primeiro ministro interino, mentiu descaradamente, ao afirmar que Kadafi fora morto em “fogo cruzado” dos rebeldes com tropas leais ao dirigente líbio. As imagens, divulgadas no mundo inteiro, mostram Kadafi ainda vivo, caminhando, levantando o braço, até ser derrubado a socos e pontapés, para ser, finalmente, assassinado. 


Por Mauro Santayana

Ao que parece, a Terra cobra, em sangue, o petróleo que é retirado de suas entranhas. Mas tem cobrado mal: não são os que os que consomem o óleo alucinadamente os que pagam a dívida para com o planeta, mas sim os que tiveram a maldição de o ter em abundância, como os paises árabes e muçulmanos. Todas as teorias – a defesa dos direitos humanos, da democracia, da civilização ocidental, e, até mesmo, do cristianismo – são ociosas para explicar a sangueira dos tempos modernos. No caso do Oriente Médio, a cobiça pelo petróleo, desde o início do século passado, tem sido a causa de todos os males.

As imagens divulgadas ontem, da prisão, da tortura e da morte do coronel Kadafi são semelhantes às da prisão, da farsa do julgamento, e da execução de Saddam Hussein. Da execução de Osama bin Laden ainda não conhecemos todas as imagens, mas é provável que um dia sejam divulgadas.

A biografia desses três homens é semelhante. Todos eles tiveram, em um tempo ou outro, as melhores relações com os países ocidentais, democráticos e cristãos. Em livro que será publicado nos próximos dias, a Sra. Condoleeza Rice confessou um certo fascínio por Kadafi, que a ela se referia como “minha princesa africana”. Hillary Clinton reagiu com interjeição de alegre surpresa, ao ver as imagens do trucidamento do coronel. Terça-feira, em Trípoli, ela disse claramente que Kadafi devia ser preso ou morto, imediatamente.

Osama bin Laden, como é sabido, foi sócio de Bush pai em negócios de petróleo. No Afeganistão se uniu à CIA e ao Pentágono, no trabalho político junto aos combatentes anti-soviéticos. Essas ligações devem ter influído no ódio de pai e filho ao combatente muçulmano.

O caso de Saddam é ainda mais significativo. O Iraque não podia ser considerado um país obscurantista. Ainda que não fosse democrático – e, segundo os indignados norte-americanos, tampouco há democracia nos Estados Unidos – era um regime tolerante, que dava relativa liberdade às mulheres, autorizadas a freqüentar as universidades e a usar trajes ocidentais, e não exercia perseguição aos não islamitas, tanto assim que o segundo homem do governo, Tariq Aziz, era cristão católico do rito caldeu.

Nessa cruzada disfarçada de conflito de civilizações, as mentiras foram as mais importantes armas dos Estados Unidos. Suspeita-se que todas elas decorram de uma mentira ainda maior: a de que o ataque às Torres Gêmeas de Nova Iorque tenha sido uma operação determinada por bin Laden. Que Saddam Hussein nada tinha a ver com isso, é hoje fora de dúvida.

Para justificar a invasão ao Iraque, os Estados Unidos apresentaram “provas” forjadas, como fotografias de caminhões e de galpões, como sendo de instalações nucleares. Afirmaram ao mundo, por Collin Powell e outros, que Saddam, além de desenvolver seu arsenal atômico, dispunha de outras armas de destruição em massa, como produtos químicos letais. O embaixador brasileiro José Maurício Bustani, então diretor da Organização das Nações Unidas para a Proibição de Armas Químicas, e conhecia a realidade iraquiana, sabia que se tratava de uma mentira, e tentava obter a adesão de Saddam ao tratado internacional contra as armas químicas – o que desmentiria as acusações americanas - foi destituído de seu cargo pelas pressões do governo Bush. Hoje, é o embaixador do Brasil em Paris.

A terceira peça do tabuleiro, a ser eliminada, foi o governante líbio. Ele fora declarado “limpo” pelos governos ocidentais, e privava da intimidade dos líderes norte-americanos e europeus. Caiu na esparrela de acreditar nisso, e enfrentou, ao mesmo tempo, os que o consideravam um renegado e os sedentos de seu petróleo e, por isso mesmo, sedentos de sangue.

Esses três casos são uma forte advertência aos países árabes que têm sido vassalos fiéis de Washington. Os príncipes da Arábia Saudita que se cuidem. O Paquistão, ao que parece, já está com suas barbas no molho.

E as mentiras continuam. Muhamad Jibril, que é o primeiro ministro interino e terá que vencer facções que lhe são contrárias, mentiu descaradamente, ao afirmar que Kadafi fora morto em “fogo cruzado” dos rebeldes com as tropas leais ao dirigente líbio. As imagens, divulgadas no mundo inteiro, mostram Kadafi ainda vivo, caminhando, levantando o braço, até ser derrubado a socos e pontapés, para ser, finalmente, assassinado.

Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

OBESIDADE MENTAL

O Prof. Andrew Oitke, catedrático de Antropologia em Harvard, publicou em 2001 o seu polêmico livro “Mental Obesity”, que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.
Nessa obra introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna. Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física decorrente de uma alimentação desregrada. É hora de refletir sobre os nossos abusos no campo da informação e do conhecimento, que parecem estar dando origem a problemas tão ou mais sérios do que a barriga proeminente. ”
Segundo o autor, “a nossa sociedade está mais sobrecarregada de preconceitos do que de proteínas; e mais intoxicada de lugares-comuns do que de hidratos de carbono.
As pessoas se viciaram em estereótipos, em juízos apressados, em ensinamentos tacanhos e em condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. ”
“Os ‘cozinheiros’ desta magna “fast food” intelectual são os jornalistas, os articulistas, os editorialistas, os romancistas, os falsos filósofos, os autores de telenovelas e mais uma infinidade de outros chamados ‘profissionais da informação’”.
“Os telejornais e telenovelas estão se transformando nos hamburgers do espírito. As revistas de variedades e os livros de venda fácil são os “donuts” da imaginação. Os filmes se transformaram na pizza da sensatez.”
“O problema central está na família e na escola. ”
“Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se abusarem dos doces e chocolates. Não se entende, então, como aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, por videojogos que se aperfeiçoam em estimular a violência e por telenovelas que exploram, desmesuradamente, a sexualidade, estimulando, cada vez com maior ênfase, a desagregação familiar, a permissividade e, não raro, a promiscuidade. Com uma ‘alimentação intelectual’ tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é possível supor que esses jovens jamais conseguirão viver uma vida saudável e regular”.
Um dos capítulos mais polêmicos e contundentes da obra, intitulado “Os abutres”, afirma:
“O jornalismo alimenta-se, hoje, quase que exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, e de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.”
O texto descreve como os “jornalistas e comunicadores em geral se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante”.
“Só a parte morta e apodrecida ou distorcida da realidade é que chega aos jornais.”
“O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para quê ela serve. Todos acham mais cômodo acreditar que Saddam é o mau e Mandella é o bom, mas ninguém se preocupa em questionar o que lhes é empurrado goela abaixo como “informação”.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um “cateto.”
Prossegue o autor:
“Não admira que, no meio da prosperidade e da abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se e o folclore virou “mico”. A arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce, entretanto, a pornografia, o cabotinismo (aquele que se elogia), a imitação, a sensaboria (sem sabor) e o egoísmo.
Não se trata nem de uma era em decadência, nem de uma ‘idade das trevas’ e nem do fim da civilização, como tantos apregoam. ”
“Trata-se, na realidade, de uma questão de obesidade que vem sendo induzida, sutilmente, no espírito e na mente humana. O homem moderno está adiposo no raciocínio, nos gostos e nos sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental.”
As pessoas não sabem mais nem quando estão sendo manipuladas ou como. É a “preguiça mental” que acompanha a “obesidade mental”.

fonte: orbum.com

terça-feira, 10 de maio de 2011

Código Florestal: você acredita na SBPC ou no Aldo Rebelo e Kátia Abreu?


A pressa é a inimiga da perfeição e, muitas vezes, tem sido utilizada para respaldar interesses particulares em detrimento do interesse público.

As farmacêuticas e as indústrias de biotecnologia pressionam governos e entidades reguladoras para que liberem o mais rápido possível os seus produtos, contemplando unicamente o lucro.

Construtoras e setores industriais organizam lobbies formidáveis para apressar a construção de hidrelétricas e usinas nucleares porque desejam incorporar novos bilhões de reais às suas receitas. E que se dane o meio ambiente e as populações tradicionais que terão sua vida e sua cultura destruídas.

Da mesma forma, se movimentam os ruralistas, capitaneados pelo “comunista” (este termo faz algum sentido hoje em dia?) Aldo Rebelo, para alterar com urgência o Código Florestal. Sob a alegação de proteger os pequenos agricultores, propõem mudanças dramáticas na legislação, sem qualquer apoio científico.

Calma lá, não é mais um jornalista, com viés ambiental (um radical verde como preferem rotular os defensores dos transgênicos e dos agrotóxicos) que está aqui a questionar o esforço de entidades, empresários e parlamentares para avançar sobre as nossas florestas ou o cerrado, mas a comunidade científica como um todo.

Livro divulgado no último 25 de abril, intitulado “O Código Florestal e a Ciência: contribuições para o Diálogo”, com a participação de uma dúzia de pesquisadores de peso, com o aval da SBPC-Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e da ABC (Academia Brasileira de Ciências), evidencia os equívocos das alterações propostas para o Código Florestal.

O que há de errado nelas? Ora, elas se apóiam num argumento falacioso: a necessidade de mais, muitas terras para a expansão do agronegócio, a manutenção de erros seculares na relação com o meio ambiente e a redução irresponsável das chamadas Áreas de Preservação Permanente (APPs). Anistiam a ocupação de terras irregulares, o desmatamento descontrolado, a ganância de empresários inescrupulosos e a baixa produtividade de setores reconhecidamente predadores, como o da pecuária extensiva.

O Governo, que também se apressa para costurar um acordo, anda pra lá e pra cá como barata tonta, indo e voltando em suas propostas, como se quisesse, apesar da falta de controle sobre a situação, faturar com o resultado final. Em nome de um diálogo de surdos, pretende fechar um acordo que não interessa ao país.

A tese dos cientistas é: as alterações contrariam a ciência e não deveria haver pressa para corrigir um código que permanece inalterado há várias décadas. Por que não esperar dois anos, um tempo razoável, para que estudos definam os rumos melhores para estas mudanças?

Todo mundo está de acordo (ainda bem) que precisamos dar atenção à agropecuária, que ela é vital para a economia do país, mas é preciso ir devagar com o andor porque o “meio ambiente” é de barro. Não se pode fazer tudo de afogadilho porque os danos poderão, já a curto prazo, ser irreversíveis. Reduzir a APP, de 30 para 15 metros em rios de até 5 metros, como propõem os ruralistas, significa diminuir brutalmente a proteção vigente (que já não é adequada, convenhamos).

Como diz o povo, “muita calma nessa hora” porque o assunto é sério e não pode ficar a mercê de políticos comprometidos com determinados interesses. É importante estabelecer bases sólidas para este debate (ou diálogo) porque, caso contrário, estaremos decidindo uma questão fundamental para o futuro do país (quem sabe do planeta!) na base do voto, como tem sido a tônica em Brasília.

Vamos dar tempo ao tempo, adiando alterações e punições, desarmando os espíritos para que possamos, finalmente, com pesquisas, estudos fundamentados, tomarmos a decisão correta.

Os apressadinhos devem ouvir o que dizem as entidades científicas, abrindo mão de suas posições a priori e não embarcando numa canoa furada. O piloto da embarcação, sr. Aldo Rebelo, não exibe qualquer competência técnica para mantê-la firme e alguém tem de convencê-lo a não levar todos nós para o naufrágio.

Que se valorize a agropecuária mas sob a perspectiva da ciência e não da política partidária alinhada com interesses empresariais. Que, neste momento, sejamos mais Embrapa, mais ABC, mais SBPC, mais Ministério da Ciência e Tecnologia, e menos Kátia Abreu ou Aldo Rebelo.

Não se trata de fazer a apologia da ciência (ela tem legitimado também corporações e tiranos e não é a dona inquestionável da verdade) , mas, quando séria e comprometida com os interesses do país, ainda é a melhor conselheira. No caso do Código Florestal, é razoável ficar ao lado dela porque ela pode, com sabedoria, indicar o melhor caminho.

O resto é política no pior sentido, defesa de interesses corporativos no pior sentido, absoluta falta de inteligência ou compromisso público.

Professor Wilson

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dia Nacional da Conservação do Solo


O solo é o  resultado de algumas mudanças que ocorrem nas rochas. Estas mudanças são bem lentas, sendo que as condições climáticas e a presença de seres vivos são os principais responsáveis por sua transformação.Instituída pela lei federal nº 7.876 em 13 de abril de 1989, no 15 de abril é comemorado o Dia Nacional da Conservação do Solo. Uma homenagem ao nascimento do americano Hugh Hammond Bennett, considerado o pai da conservação dos solos nos Estados Unidos e o primeiro responsável por esse tipo de serviço nos país.
Em Mato Grosso (campeão mundial em uso de agrotóxicos) ao longo dos anos, percebemos uma melhora significativa na conservação do solo no setor da agricultura, já que com a prática do plantio direto (onde não se revira o solo), a palhada da cultura colhida fica por cima. É uma proteção a mais na sua conservação.
Já com os pastos, uma matéria publicada em setembro de 2010 pelo SINTERP (Sindicato dos Trabalhadores da Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Publica de Mato Grosso), mostra uma grande preocupação por parte dos técnicos e ruralistas em criar um projeto para a correção do solo, com curva de nível, calagem e adubação.
Ao contrário do que muitos pensam, as pastagem por não ser reconhecida como uma cultura por boa parte dos pecuaristas, 80% delas no Brasil  (Yokoyama 1995) apresenta alto grau de degradação. Ao contrário do que muitos pensam, 80% das pastagens brasileiras (Yokoyama 1995) apresentam alto grau de degradação, isso acontece justamente por não serem reconhecidas como uma cultura por boa parte dos pecuaristas.
Enchentes nas cidades, quedas de barrancos, alagamentos e assoreamento dos rios são provocadas por falta de cuidados com o solo. Um exemplo simples em nosso cotidiano é o Rio Cuiabá o qual já foi palco de navegações de grandes navios, hoje, com o assoreamento, apenas pequenos barcos ousam a trafegar.
Devemos ter em mente que a proteção do solo é um trabalho contínuo. O Código Civil Brasileiro descreve: “Cada um de nós é responsável pelo prejuízo que causa à sociedade, quer por um ato, quer pela sua negligência”. Não podemos obrigar quem quer que seja a adotar práticas perante as quais o espírito e a mentalidade não se encontrem devidamente consciente.
Precisamos ficar atentos as condições ambientais e climáticas que vivemos, essas mudanças não são comuns, são provocadas pelos próprios atos sociais. A engenheira-agrônoma Ana Primavesi, pioneira no Brasil com o manejo ecológico do solo escreve: “O futuro do Brasil está ligado à sua terra. O manejo adequado de seus solos é a chave mágica para prosperidade e bem estar geral. A natureza em seus caprichos e mistérios condensa em pequenas coisas, o poder de dirigir as grandes; nas sutis, a potência de dominar as mais grosseiras; nas coisas simples, a capacidade de reger as complexas”.
Vamos comemorar esse dia refletindo a respeito do que verdadeiramente nos sustenta aqui na terra e sua importância para continuidade de nossa espécie. A natureza faz seu papel, nós, como fazemos parte desse processo, devemos nos adequar sem agredir.
Élvio dos Anjos – Jornalista Socioambiental e Gerente Social
Várzea Grande - MT

terça-feira, 12 de abril de 2011

Bom dia meus amigos!

Grande parte das pessoas ja perceberam os sinais de que, se não cuidarmos do nosso planeta e do que nos alimentamos, estamos sujeitos a extinção. Bem, enquanto essa consciência ainda  é implantada no individuo, pessoas como o Professor Wilson estão preocupadas em informar a população o que realmente ocorre nesse mercado capitalista. Leiam e reflitam....

O glifosato está com os dias contados? Não sei, mas nossa saúde estará!


Prof. Wilson,


O glifosato está com os dias contados? Pode ser que sim, se a notícia publicada no Valor Econômico (8 a 10/04/2011, p. B11) e que também já anda repercutindo em outras fontes de informação estiver correta.
 
O problema é que, depois de uso intensivo sobretudo na cultura da soja, como era certo que iria ocorrer, as pragas começaram a ficar resistentes (a Monsanto desconhece a teoria da evolução?) e, desta forma, a eficácia do veneno (é veneno mesmo, não acredite na divulgação da empresa que o trata como remedinho pra planta!) está se reduzindo. Enquanto isso, a saída é jogar cada vez mais glifosato na lavoura e emporcalhar o meio ambiente porque o herbicida (como todos os “cidas” – herbicidas, pesticidas, fungicidas etc) tem como efeito colateral importante a contaminação ambiental.
 
A notícia do Valor informa que a Bayer e a Syngenta (duas outras corporações gigantescas e que também investem nos transgênicos e contribuem para a degradação ambiental com seus produtos agroquímicos) estão procurando uma tecnologia para a soja, distinta do uso do glifosato.
 
Diz a matéria que as empresas tomaram esta decisão porque o número de ervas daninhas resistentes ao glifosato tem crescido: já seriam pelos menos onze espécies com esta característica nos Estados Unidos. Este problema teria afetado uma área de quase 3 milhões de hectares na última safra e a previsão é de que se amplie para 15 milhões de hectares daqui a dois anos. Isto quer dizer que as pragas estão reagindo e que o glifosato não tem um futuro promissor.
 
Por aqui, continuamos espalhando glifosato sem dó porque o negócio é (sempre é no caso de empresas com este perfil) ganhar dinheiro.
 
As ervas daninhas indicam que o meio ambiente, a natureza enfim reage a tanta porcaria jogada no solo.
 
Um dia, o glifosato fará parte do passado, mas infelizmente (você tem dúvida) empresas como a Bayer, a Syngenta e a Monsanto terão novas “soluções” contaminantes para empurrar para os agricultores.
 
O meio ambiente e a saúde de todos nós continuarão em perigo. E novas pragas, mais resistentes do que as atuais, surgirão. Esta luta promete ser eterna. Não tenho certeza de que estaremos ainda por aqui para acompanhá-la por todo o tempo.
 
 
 
 
De acordo com a Wikpédia Glifosato é - (N-(fosfonometil) glicina, C3H8NO5P) é um herbicida sistêmico não seletivo (mata qualquer tipo de planta) desenvolvido para matar ervas, principalmente perenes. É o ingrediente principal do Roundup, herbicida da Monsanto. Muitas plantas culturais geneticamente modificadas são simplesmente modificações genéticas para resistir ao glifosato. A Monsanto vende sementes dessas plantas com o marca RR (Roundup Ready).
O herbicida é absorvido pelas folhas das plantas, não por suas raízes.


Xiii, affêee e como será o efeito disso? vamos verificar...

O ex Deputado Estadual por Porto Alegre em 2003 e o Engenheiro Agronomo Enio Guterres ja naquela época denunciava os efeitos novicos dessa substancia, segue um trecho:

"O glifosato (comercializado pela Monsanto com o nome de Randup) é  um herbicida de amplo espectro (mata tudo), muito utilizado na  produção agrícola.
A soja transgênica é resistente a esse herbicida e nisso consiste a simplificação do manejo de "ervas daninhas" para o agricultor. Quando foi lançada no mercado a propaganda dizia que o glifosato era inócuo e biodegradável, portanto, inofensivo à saúde humana e ao meio ambiente.
De acordo com informações científicas recentes, a realidade é outra. O resíduo de glifosato persiste no solo, na água e nos alimentos. Recentemente a Dinamarca  restringiu o seu uso pois foram constatados resíduos em água subterrânea.
Na degradação do glifosato um dos seus subprodutos – um metabólito – chamado AMPA é mais nocivo que o próprio glifosato e foi encontrado em carpas 90 dias após a aplicação do herbicida.
Os produtos à base de glifosato são altamente tóxicos para pessoas e animais. Entre os sintomas mais comuns citam-se  irritação nos olhos e pele, dor de cabeça, náuseas,  entorpecimento, elevação da pressão arterial, palpitações e alergias agudas e crônicas. "
Efeitos reprodutivos
Um estudo em Ontario, Canadá, detectou que o uso de glifosato pelos pais acarretou aumento no número de abortos e nascimentos prematuros nas famílias rurais. Estudos laboratoriais também demonstraram inúmeros efeitos do glifosato sobre a reprodução. Redução dos espermatozóides em ratos; maior freqüência de espermatozóides anormais e redução do peso fetal em coelhos. Mas recentemente, na Argentina, estudos indicaram que as pessoas expostas a agrotóxicos, tem a quantidade de esperma abaixo do limite da fertilidade.
Carcinogenicidade
Maior freqüência de tumores no fígado de ratos e câncer de tiróide em ratas, tumores no pâncreas e fígado em ratos machos e do mesmo tipo de câncer da tiróide em fêmeas. Na Suécia, dois pesquisadores encontraram fortes indícios ligando exposição freqüente ao glifosato com o linfoma No-Hodking, uma espécie de leucemia.
Mutagenicidade
Tanto o glifosato como os produtos à base de glifosato são mutagênicos – testes de laboratórios comprovaram alterações genéticas indesejáveis. Lesões em glândulas salivares, inflamações nas mucosas do estômago, danos genéticos (em células sanguíneas do corpo humano), e outros.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A indústria do luxo tem o seu lado podre. O trabalho escravo mancha a moda brasileira


Prof. Wilson,

A indústria da moda, segundo notícia publicada pelo Valor Econômico (07/04/2011) tem também uma face nada glamurosa. Para identificá-la, no entanto, é preciso examiná-la nos bastidores porque é na retaguarda que  exibe uma realidade dramática: a exploração abusiva da mão de obra, ou seja para falar diretamente: o trabalho escravo.
A Superintendência Regional de Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SE) já emitiu desde o segundo semestre de 2009 mais de 140 autos de infração contra oficinas de costura e também duas grandes redes varejistas têxteis por estarem utilizando estrangeiros (sobretudo bolivianos) em condições desumanas.
A C&A e a Marisa foram em anos passados envolvidas em denúncias confirmadas de exploração de trabalho escravo, por estarem adquirindo roupas produzidas por oficinas nestas condições, e informam que já tomaram todas as medidas para descredenciar fornecedores que ferem a legislação. Recentemente, uma fornecedora da rede Pernambucanas foi autuada por manter várias pessoas em regime de absoluta escravidão e a empresa garante que também suspendeu o vínculo contratual com a infratora.
No fundo, cada um de nós que frequenta a rede varejista têxtil deve ficar de olho: roupas com preço baixo podem estar escondendo uma realidade social injusta, desonesta, irresponsável.
Que as autoridades não perdoem os infratores e que aqueles que comercializam peças produzidas a partir de trabalho escravo sejam também punidos e seus nomes revelados sem dó.
O lucro obtido a partir da exploração do ser humano é crime. Vamos punir exemplarmente tanto as empresas que expõem os seus funcionários a regimes de escravidão como as empresas que compram de qualquer fornecedor, privilegiando preços baixos em detrimento da dignidade humana.
A indústria da moda tem seu lado podre, como está na reportagem do Valor Econômico. Não podemos tolerar tais desvios éticos. Vamos expurgar o lixo do luxo.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A TAM mente de novo. Por que a ANAC não a pune exemplarmente, hein?

Os dados são incontestáveis: neste último final de ano e início de férias de 2011, a TAM vem acumulando uma série de irregularidades (atrasos, overbooking, falta de tripulação etc), mas, como sempre, nega tudo, tentando jogar a culpa nas chuvas e na redistribuição da malha. É doidinha para procurar bode expiatório para suas mazelas institucionais.
 A gente conhece as empresas aéreas (a TAM não é a única a fazer besteira e não assumir!) mas a companhia do saudoso Comandante Rolim (que dizia a verdade e primava pela competência da gestão) está ultrapassando os limites e precisa de um corretivo imediato.
 Segundo a Folha de S. Paulo, de 06/01/2011, a TAM acumulou de 23 de julho de 2010 a 3 de janeiro deste ano, 976 queixas, segundo balanço do Tribunal da Justiça, mais do que o dobro da segunda colocada em desrespeito ao consumidor (Gol), o que, convenhamos, é de lascar.
 A ANAC, segundo o Estadão de hoje, estuda tomar medidas contra a empresa porque já está difícil tapar o sol com a peneira e a agência de regulação (regula alguma coisa?) se sente na obrigação de falar algo, mesmo que seja, como sempre, para jogar para a torcida (fala, fala, mas nunca faz nada de concreto porque certamente há relações comprometidas com as empresas aéreas).
 Está na hora de alguém tomar vergonha na cara (não dá para mudar esta situação no início do governo Dilma?) e começar a endireitar o setor que, com este duopólio nefasto, vem penalizando a população há muito tempo.
 Acreditar na TAM é acreditar em Papai Noel, na responsabilidade social das empresas de tabaco, na sustentabilidade das empresas agroquímicas e na ética de boa parte dos nossos parlamentares, o que, vamos lá, é de doer.
 O principal executivo da TAM, o sr. Bologna,  já é conhecido dos jornalistas e da opinião pública. É aquele que comandava a empresa durante o acidente da TAM em Congonhas e no apagão daquele fatídico Natal e fez tanta coisa errada que foi demitido de lá.  Foi considerado pela revista Exame como o executivo mais odiado do Brasil, perdeu o apoio da família Rolim, mas, sabe-se lá por qual motivo, voltou e continua, como sempre, tentando manipular informações, inutilmente brigando contra os fatos e a realidade.
 Se há alguém sério lá em cima, é hora de punir a TAM e as outras empresas aéreas que andam fazendo o diabo impunemente. Depois a gente fica achando que tem rolo por trás disso tudo, desconfia de tráfico de influência , de coisas até piores e dizem que somos radicais.
 Radical é a providência que tem que ser tomada: enquadrar a TAM, a Gol (afinal de contas, vão ou não prender o executivo acusado de mandante de crime?), a Webjet (empresa de fundo de quintal!) e arrumar a casa para o Mundial e as Olimpíadas. Esse país não é sério e a TAM é, sem dúvida, a companhia mais mentirosa do Brasil.
 E só para perguntar de novo: estão contando direito por lá os pontos do cartão fidelidade ou continuam seqüestrando os pontos da gente, hein? Olho vivo, minha gente: não dá para baixar a guarda com estas empresas.
 O Comandante Rolim que nos perdoe mas há muito tempo a TAM deixou de ser a companhia de que nos orgulhamos e não é por culpa dos pobres funcionários, explorados demais, e que, merecidamente, cumprem operação padrão. Vamos dar um jeito nessa bagunça aí e colocar empresas sérias para servir a população?
Por isso que o povo anda dizendo: TAM - Tudo Andas uma M.... E o cheiro é ruim demais!

Prof. Wilson