quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Cuidado com as comparações

Bom dia meus amigos!!

A alimentação é fundamental para vida de qualquer ser vivo neste plano. Todos necessitam de energia vital, seja do ar, do sol, e de alimentos que vão todos os dias há nossa mesa. Infelizmente tudo que comemos hoje em dia, pelo menos, a maioria dos produtos industrializados possuem alguma alteração genética ou produto quimico que em um futuro nao muito distante, começa a afetar nosso organismo gerando doenças.

Abaixo um texto do Professor Wilson que esclarece várias situações, boa leitura:

Alimentos orgânicos x tradicionais:
cuidado com as comparações

A imprensa brasileira continua, em sua cobertura de saúde, comendo bola a torto e a direito e foi isso que aconteceu hoje nas reportagens de destaque das editorias de saúde e ciência de dois jornalões de prestígio (Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo). Reproduzindo dados de uma pesquisa veiculada em uma publicação americana na área de nutrição, as manchetes que apresentam estas reportagens proclamam a não vantagem dos alimentos orgânicos em relação aos tradicionais (que usam agrotóxicos).
Tudo bem, em termos de valor nutricional até pode ser que não existam diferenças significativas (mas é fundamental saber os critérios utilizados para esta avaliação,  bem como verificar se há algum interesse subjacente a esta pesquisa ou divulgação, o que é infelizmente comum na área da saúde), mas não dá para comparar produtos que levam veneno com outros que são obtidos por processos sustentáveis.
É forçoso reconhecer que os jornais não deixaram de ouvir fontes que contestaram os resultados ou os contextualizaram e que, como nós aqui, levantaram a questão, preocupados que estamos em não permitir que informações  parciais sejam utilizadas por empresas que emporcalham o solo, o ar, a água para legitimar os seus produtos.
No Brasil, segundo pesquisas recorrentes da ANVISA , respaldadas pela competentíssima Fiocruz, nossas frutas e verduras apresentam veneno saindo pelo ladrão, com índices de contaminação que chegam a mais de 60% em alguns produtos, como o pimentão. E integram também o ranking dos “envenenados” o tomate, a cenoura etc pra não falar de certas caixas de morango que lembram a bruxa que fez a Gata Borralheira adormecer o sono eterno. Como não há príncipe dando sopa por aqui, é melhor tomar cuidado porque agrotóxico mata mesmo (as estatísticas de acidentes são estarrecedoras!).
Aproveitando o embalo, não caia na onda de que tudo vai melhorar com os transgênicos porque eles costumam funcionar somente numa operação casada com agrotóxicos. Aliás, o argumento cínico das empresas de biotecnologia de que o movimento contra os transgênicos se origina das empresas de agrotóxicos é de doer, já que elas são farinha do mesmo saco: as maiores empresas de transgênicos são também as que dominam o mercado de agrotóxicos.
A imprensa precisa tomar mais cuidado com as manchetes que veicula (a gente entende, é tudo em nome da novidade, da notícia) porque muitos apressados não passam da leitura dos títulos e podem achar que orgânico e alimento com veneno são a mesma coisa.
Olho vivo com as agroquímicas, as transgênicas e também com a mídia. Ás vezes, voluntaria ou involuntariamente, elas fazem parcerias que jogam contra o interesse público. Como dizem os americanos, “follow the money” (siga o dinheiro) e encontrará a verdade. É preciso enxergar além da notícia. Não cultive as monoculturas da mente, seja plural, não transgênico.

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