terça-feira, 5 de outubro de 2010

Nem tudo é o que parece

Élvio dos Anjos

Acordamos sempre na certeza de que o dia vai ser melhor.  As mídias jorram notícias e informações que chegam até nós de forma induzida ou tendenciosa.
Influências chegam a todo momento: no trânsito, no cesto de lixo, na padaria, no café etc. Em tudo a comunicação nos impõe e nos fraciona a ser e ter o que ela deseja.  As questões que envolvem essa dominação vão além do lado midiático, mas cultural.
Somos presos a esse mundo que tira nosso contato natural com o ambiente, sistematizando a maneira “correta” de viver. Quando um indivíduo contradiz essa imposição, é tachado e, na maioria das vezes, excluído. Para não nos sentirmos um “peixe fora d’água”, somos obrigados a entrar e participar desse brincar de viver.
Atualmente ficamos coibidos a achar e compreender de que o alimento e seus derivados são os mais importantes na cadeia natural para a sobrevivência humana. Enganado estamos, enganados somos. O ar, composição tão simples feita principalmente de oxigênio é, sem dúvida, o produto principal. Para termos o ar, necessitamos das árvores, das florestas, que sugam carbono e nos devolve oxigênio, responsável pela manutenção da vida de todos os seres.
Aprendemos tudo isso na terceira série primária, e o que levamos de consciência disso? Florestas desaparecem, queimadas prejudicam o ar,  defensivos agrícolas envenenam o solo e trazem pragas ainda mais devastadoras.
De acordo com a publicação de um estudo feito pelos cientistas da Academia Chinesa de Agronomia na revista Science, o algodão transgênico, que tem como objetivo controlar as lagartas que ameaçam a lavoura, desencadeou a praga do percevejo, que, antes era inofensivo a esta cultura.
Os meios de comunicação por sua vez, visando sempre ao lucro, maquiam os produtos, deixando uma impressão saudável, de bem-estar e bem viver. 
Viver, naturalmente, consciente de que estamos aqui, não para extrair, mas para mudar a forma sem agredir. Duvidem de tudo o que é imposto a vocês, critiquem e indaguem tudo que prejudique a forma natural de viver. A natureza não pede socorro, ela vai sobreviver e eliminar tudo o que tira sua forma natural. É só esperar.

Um comentário:

  1. Um dia escrevi num texto que a natureza pede socorro. Poucas horas depois li o texto que você escreveu, e revi meu pensamento. Até nisso há certa manipulação. Fomos ensinados (eu fui) a pensar que somos mais fortes e inteligents que a natureza, que a manipulamos. Graças a Deus não é verdade...
    Quem sabe com o que acontece agora em relação às enchentes algumas outras pessoas "caiam na real" sobre a convivência harmoniosa. E quem sabe alguns seres humanos se tornem menos prepotentes. Deus ajude!

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