sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Por que o blog se chama Meninos Verdes?

Que todos tenham um dia iluminado! Viva Primavera!

Muita gente me perguntou porque o nome do blog é "Meninos Verdes". Para responder este questionamento, resolvi colocar a sinopse do livro infantil da autora Cora Coralina, a qual tenho uma profunda admiração. No relato vocês perceberão que a escolha do nome nao é um acaso, existe um fundo ideológico, espiritual e moral por trás.

A partir de duas plantas diferentes, no quintal da Casa Velha da Ponte, surgem criaturinhas estranhas. Como lidar com o diferente, com o novo? A escritora Cora Coralina, com a metáfora - os meninos verdes -, ajuda-nos a refletir sobre isso. Vovó Cora conta a seus netos o que ela chama de acontecido e não de uma história. De repente, seu Vicente, o jardineiro da Casa Velha da Ponte, deparou com uma situação incomum: no quintal, entre as plantas que nascem lá, boas e más, apareceram duas plantas diferentes. Quis arrancá-las, mas vovó Cora disse-lhe que as deixasse crescer. Depois de um tempo, sob as duas plantas, seu Vicente e vovó Cora, surpresos, encontraram seres vivos, com todas as formas de crianças em miniatura. O que fazer? Destruí-los? Escondê-los? Cuidar deles? A postura sem preconceito e compromissada de vovó Cora em relação à estranha realidade nos ensina a encarar com naturalidade situações inusitadas, a respeitar diferenças e a agir com responsabilidade e consciência.


Bem, acho que a leitura acima ja mostra o que queremos com a criação deste espaço. Agora, vamos conhecer um pouco sobre Cora Coralina?


Cora Coralina nasceu Ana Lins dos Guimarães Peixoto, na cidade de Goiás, em 1889. Iniciou sua carreira literária aos 14 anos publicando o conto "Tragédia na Roça". Casou-se com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Brêtas e teve seis filhos. O casamento a afastou de Goiás por 45 anos. Ao voltar às suas origens, viúva, iniciou uma nova atividade, a de doceira. Além de fazer seus doces, nas horas vagas ou entre panelas e fogão, Aninha, como também era chamada, escreveu a maioria de seus versos. Aos 76 anos despontou na literatura brasileira como uma de suas maiores expressões na poesia moderna. Em 1982 - mesmo tendo estudado somente até o equivalente ao 2º ano do Ensino Fundamental - recebeu o título de doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Goiás e o Prêmio Intelectual do Ano, sendo, então, a primeira mulher a receber o troféu Juca Pato. No ano seguinte foi reconhecida como Símbolo Brasileiro do Ano Internacional da Mulher Trabalhadora pela FAO. Morreu em Goiânia, aos 95 anos, em 1985.

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